Livro do Êxodo 3, 13-15
13 Moisés disse a Deus: “Mas, se eu for aos israelitas e lhes disser: ‘O Deus de vossos pais enviou-me a vós’, e eles me perguntarem: ‘Qual é o seu nome?’, que devo responder?”
14 Deus disse a Moisés: “Eu sou aquele que sou”. E acrescentou: “Assim responderás aos israelitas: ‘Eu sou’ envia-me a vós”.
15 Deus disse ainda a Moisés: “Assim dirás aos israelitas: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacó, enviou-me a vós. Este é o meu nome para sempre, e assim serei lembrado de geração em geração.
206. Ao revelar o seu nome misterioso de YHWH, "Eu sou Aquele que É", ou "Eu sou Aquele que Sou", ou ainda "Eu sou quem Eu sou", Deus diz Quem é e com que nome deve ser chamado. Este nome divino é misterioso, tal como Deus é mistério. É, ao mesmo tempo, um nome revelado e como que a recusa dum nome. É assim que Deus exprime melhor o que Ele é, infinitamente acima de tudo o que podemos compreender ou dizer: Ele é o "Deus escondido" (Isaías 45, 15), o seu nome é inefável [que não se pode exprimir por palavras], e é o Deus que Se faz próximo dos homens.
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213. A revelação do nome inefável "Eu sou Aquele que sou" encerra, portanto, a verdade que só Deus "É". Foi nesse sentido que já a tradução dos Setenta [a Septuaginta] e, na sua sequência, a Tradição da Igreja, compreenderam o nome divino: Deus é a plenitude do Ser e de toda a perfeição, sem princípio nem fim. Enquanto todas as criaturas d'Ele receberam todo o ser e o ter, só Ele é o seu próprio Ser, e Ele é por Si mesmo tudo o que Ele é.

Observação: Por respeito pela santidade de Deus, o povo de Israel não pronuncia o seu nome. Na leitura da Sagrada Escritura, o nome revelado é substituído pelo título divino de "Senhor" ("Adonai" em hebraico; "Kyrios" em grego).