430. Em hebraico, Jesus quer dizer "Deus salva". Quando da Anunciação, o anjo Gabriel dá-Lhe como nome próprio o nome de Jesus, o qual exprime, ao mesmo tempo, a sua identidade e a sua missão (Lc 1, 31). Uma vez que "só Deus pode perdoar os pecados" (Mc 2, 7), será Ele quem, em Jesus, seu Filho eterno feito homem, "salvará o seu povo dos seus pecados" (Mt 1, 21). Em Jesus, Deus recapitula, assim, toda a sua história de salvação em favor dos homens.
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436. Cristo vem da tradução grega do termo hebraico "Messias", que quer dizer "ungido". Só se torna nome próprio de Jesus porque Ele cumpre perfeitamente a missão divina que tal nome significa. Com efeito, em Israel eram ungidos, em nome de Deus, aqueles que Lhe eram consagrados para uma missão d'Ele dimanada. Era o caso dos reis (1 Sm 9, 16), dos sacerdotes (Ex 29, 7; Lv 8, 12) e, em raros casos, dos profetas (1 Rs 19, 16). Este devia ser, por excelência, o caso do Messias, que Deus enviaria para estabelecer definitivamente o seu Reino (Sl 2, 2; At 4, 26-27). O Messias devia ser ungido pelo Espírito do Senhor (Is 11, 2), ao mesmo tempo como rei e sacerdote (Zc 4, 14; 6, 13) mas também como profeta (Is 61, 1; Lc 4, 16-21). Jesus realizou a expectativa messiânica de Israel na sua tríplice função de sacerdote, profeta e rei.

Fonte: CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA